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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Thiago Lacerda e grande elenco estreiam Hamlet


Nanda Rovere e Michel Fernandes, do Aplauso Brasil (michel@aplausobrasil.com)



Thiago Lacerda é "Hamlet"
Uma das obras-primas do bardo inglês William Shakespeare, Hamlet, com a sob direção de Ron Daniels, quem assina a tradução e adaptação da obra ao lado de Marcos Daud, traz um elenco com atores de relevo na cena teatral paulistana - Antonio Petrin, Selma Egrei, Roney Facchini, Eduardo Semerjian, Anna Guilhermina, André Hendges, Chico Carvalho, Everson Romito, Fernando Azambuja, Marcelo Valente Lapuente, Marcos Suchara, Rafael Losso, Ricardo Nash e Rogério Romera – e no papel-título, Thiago Lacerda. O projeto da montagem foi idealizado pelo diretor Ruy Cortez, responsável, também, pela curadoria do espetáculo, patrocinado pelo programa Vivo Encena, que chega ao palco do TUCA nesta sexta-feira (19), às 21 horas.

Encenar Shakespeare era um desejo de Thiago Lacerda desde que protagonizou Calígula, com direção de Gabriel Villela.  O ator, no entanto, não tinha pensado em fazer Hamlet, mas não pode dizer não ao convite de Ruy Cortez, diretor teatral que neste projeto assina a idealização e curadoria artística.

Ruy Cortez, amigo de longa data de Ron Daniels, realiza um sonho desde os tempos (12 anos atrás) em que Daniels dirigiu seu tio, Raul Cortez, em Rei Lear, de ter  uma montagem de Hamlet aqui no Brasil, assinada pelo diretor. Para cuidar da produção, escalou o ator e produtor Claudio Fontana, que no momento está viajando com a montagem de Macbeth (direção de Gabriel Villela).

 ¨Busquei um terreno fértil para a montagem. Daniels conhece profundamente o teatro e tem grande experiência e reconhecimento internacional¨, diz o curador, salientando que isso dá ao diretor a legitimidade para oferecer ao público um espetáculo de qualidade.

Sobre a existência de inúmeras versões de Hamlet e o que a sua montagem pode trazer de atrativo, Daniels opina que cada diretor tem a sua interpretação da obra de Shakespeare e as possibilidades de compreensão do seu conteúdo são infinitas.

¨Shakespeare tem bons enredos para o ator e para a plateia e é maravilhoso que existam montagens diferenciais. Quanto mais Shakespeare, melhor, pois contar histórias é o que nos define como seres humanos e define quem somos¨, diz o encenador.

Claudio Fontana acrescenta que é possível montar Shakespeare por vários anos porque ele sempre vai estar na moda. Assim como Daniels, acredita que as suas obras sugerem visões infinitas.

¨Shakespeare é um autor fascinante. Ele é sempre instigante porque é genial e se mantém atual. Nós, enquanto atores, ao termos na boca as palavras de Shakespeare, crescemos enquanto profissional. A nossa capacidade de atingir a plateia e transformar o espectador é muito grande, por isso é preciso passar por Shakespeare¨, finaliza o produtor.

Ron Daniels já dirigiu várias montagens de Hamlet e nesse trabalho também assinou a cotradução, o que lhe rendeu a oportunidade de descobrir mais nuances no texto.

Daniels defende que essa montagem é única e histórica porque cada peça traz um aprendizado novo.

¨ É um grande presente trabalhar com uma obra em que cada personagem tem quase a importância do protagonista¨, comenta.

Daniels também frisa que Hamlet é um thriller inteligente, empolgante  e cheio de humor, que fala de nós mesmos e retrata situações do nosso tempo.
Shakespeare escrevia peças para que todos pudessem entender. Seus temas eram rebuscados, mas pertenciam à cultura popular. O seu objetivo era comunicar de maneira direta.

Neste sentido, a sua nova versão do clássico inglês é despojada, simples e focada no trabalho dos atores. Prima pela poesia e o objetivo é apresentar um Shakespeare moderno e brasileiro, através de um texto de fácil entendimento para que o público saiba o que o autor está dizendo.

¨Tentamos extrair de Shakespeare o que ele traz de tragédia brasileira, a partir de um enredo intrigante, que propõe vários caminhos. Não estamos abrasileirando o texto. Somos fieis a Shakespeare, mas de uma forma leve e gostosa¨, afirma Daniels.

A tragédia é contada com profundidade e humanidade A fala do ator é direta, muscular e lúcida, para que o espectador entenda todos os diálogos e perceba que a história é atual e universal.

A peça foi montada como um grande drama familiar, cujo rei é tirado do poder à força, e onde a rainha se envolve com o cunhado e o filho busca vingança.

No começo da história, a sociedade é aparentemente maravilhosa, mas o assassinato do rei Cláudio, pai de Hamlet, já aconteceu. Aos poucos, a corrupção domina as ações.  A sociedade, que parecia perfeita, vai se decompondo. Hamlet e todos os personagens estão doentes.

Para tentar desvendar o assassinato do seu pai e descobrir como a tragédia ocorreu, Hamlet contrata uma trupe de atores. Ele usa o teatro para esclarecer as coisas.

Os artistas chegam e, através de uma encenação, o protagonista consegue decifrar se Cláudio é realmente o assassino do seu pai.

Com relação à criação de seu personagem, Thiago Lacerda afirma que procurou encontrá-lo a partir do que está sendo contado pelo autor.

 ¨Meu Hamlet é o resultado do que o texto, o elenco e o diretor propõem¨, diz o ator. A minha integridade é o que importa na construção do personagem¨, finaliza.

Hamlet tem o patrocínio Eletrobras e Vivo, programa Vivo EnCena, que possibilita a temporada de espetáculos e promove workshops e debates,  com o objetivo de contribuir para a formação cultural e para o aprimoramento do conhecimento de estudantes e profissionais das Artes Cênicas.

Processo de ensaios:

O espetáculo no palco do teatro Tuca, em São Paulo, é o resultado de três meses de ensaios intensos (no mínimo oito horas diárias de dedicação de toda a equipe).

Além disso, a produção viabilizou a viagem de quarenta atores para Atibaia, com o intuito de investigar a obra de Shakespeare. A maioria do elenco (são 15 atores em cena) é fruto dessa experiência. 

É um fato raro nas produções teatrais atuais, e segundo o diretor Ron Daniels, proporciona ao espetáculo uma profundidade ímpar e um resultado cênico deslumbrante.

 

Sobre Ron Daniels

Ron Daniels (conhecido também como Ronaldo Daniel) nasceu em Niterói, Rio de Janeiro. Estudou teatro com Adolfo Celi e Dulcina na Fundação Brasileira de Teatro no Rio de Janeiro.

O diretor também foi responsável pela fundação do Teatro Oficina, ao lado de José Celso Martinez Corrêa e Renato Borghi. Já trabalhou em países como Japão, Inglaterra e Estados Unidos, como diretor de peças e óperas, e como produtor.

Hamlet marca o seu retorno aos palcos brasileiros, pois a sua última encenação no Brasil foi Rei Lear, 2000, protagonizado pelo ator Raul Cortez.

É um dos  Diretores Associados da Royal Shakespeare Company em Stratford-upon-Avon, desde 1980, merecendo destaque as montagens: A Tempestade, Pericles, Romeu e Julieta, Sonho De Uma Noite De Verão e duas montagens de Hamlet.

Ron Daniels reside atualmente em Nova York, e entre suas produções americanas estão: One Flea Spare (Naomi Wallace), encenado no Public Theatre of New York, Hedda Gabler, no Dallas Theatre Centre, e Richard II, Richard III e Macbeth, no The Theatre for a New Audience.

Ficha Técnica

Texto - William Shakespeare

Tradução - Marcos Daud e Ron Daniels

Concepção e Direção - Ron Daniels

Idealização e Curadoria Artística - Ruy Cortez

Cenografia - André Cortez

Figurinos - Cássio Brasil

Desenho de Luz - Domingos Quintiliano

Trilha Sonora - Aline Meyer

Coreografia de Lutas - Ricardo Rizzo

Assistência de Direção - Leonardo Bertholini

Preparação Vocal - Babaya

Construção de Cenário e Adereços - Mais Cenografia

Equipe de Cenotécnica- Márcio Vinicius, André Aires, Júlia Munhoz, Niltom Vieira, Ailtom Vieira, Gabriela Souza

Assistência de Cenografia - Fernanda Ocanto

Projeto de Sonorização - André Luís Omote

Produção de Figurinos - Ângela Figueiredo

Fotografia - Adriano Fagundes, Pedrinho Fonseca, João Caldas

Design Gráfico -6D

Assessoria de Imprensa - Adriana Monteiro – Ofício das Letras

Assistentes de Produção - Bellatrix Carrijó e Débora Santos

Produção Executiva e Administração - Francisco Marques

Direção de Produção - Claudio Fontana


Serviço:

Hamlet

TUCA
Rua: Monte Alegre, 1024 - Perdizes – São Paulo – SP

Capacidade: 672 lugares

Estreia dia 19 de outubro, sexta-feira, às 21h. Temporada de 19 de outubro a 16 de dezembro.

Sexta – 21h – R$ 40; Sábado – 21h – R$ 60; Domingo – 19h – R$ 50

Ingressos: Vendas por telefone ou internet - Ingresso Rápido. Aceita todos os cartões de crédito. Tel: (11) 4003-1212.  Site: www.ingressorapido.com.br
Bilheteria - Horário de Atendimento: Terça a Domingo das 14 às 20h.

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